23 de maio de 2014

Um novo cenário político, econômico e militar está sendo solidamente construído no mundo e irá determinar os destinos da humanidade no século XXI




Depois de 75 anos de doutrinação ideológica aplicada pelos "intelectuais" marxistas nas universidades do EUA eles conseguiram mudar o "senso comum" de mais da metade do povo do EUA, o resultado dessa persistente ação são os politicamente corretos, pessoas que inconscientemente defendem dogmas do marxismo sem terem consciência disso, querem "transformar o mundo" como Karl Marx disse que deviam.

A ação dos politicamente corretos em todos os ramos da sociedade ocidental é o que Gramsci chamou de "hegemonia" - que é uma sociedade onde a maioria da população pensa e age de forma semelhante, defendem as mesmas coisas e são contra as mesmas coisas.

Todo politicamente correto é contra o cigarro e a favor da "descriminalização" das drogas...

Os politicamente corretos do EUA pouco a pouco dominaram o Partido Democrata e com ele conseguiram eleger Obama para presidente do EUA.


Obama tem como mentor um "think tank" socialista de Chicago (Center for American Progress) que pensa por ele e determina suas ações, por isso as ações de Obama são na direção de "transformar o mundo" e de punir os "maus".
http://washingtonexaminer.com/obamas-favorite-think-tanks-ingenious-plan-to-end-chicago-gun-violence/article/2522338
http://www.americanprogress.org/

Com essa mentalidade o EUA apoiou e financiou ações de "rebeldes" na "primavera árabe", na Líbia o EUA ao lado da França tiveram ação direta nos destinos da guerra civil quando bombardearam a Líbia, destruíram a capital Trípoli e colaboraram diretamente com o assassinato de Kadafi, tudo em prol "dos bons".

Trípoli, capital da Líbia 
sendo bombardeada pelos politicamente corretos

Na Síria o EUA, junto com seu grande aliado árabe, a Arábia Saudita, mais a França novamente, estimularam o início das atividades de "rebeldes" e os financiaram com dinheiro e armas, para fazer isso usaram outra aliada, a Turquia, através da fronteira turca os "rebeldes" sírios recebem grande ajuda externa sem a qual não teriam a menor chance de luta.
EUA e França pleitearam na ONU a autorização para bombardear a Síria, mas, na Síria tiveram a oposição da Rússia e da China que bloquearam a autorização da ONU para que bombardeassem a Síria, sem essa autorização e com a vinda a público que até a Al Kaeda estava entre os "rebeldes" ajudados pelo EUA o apoio na ONU a favor dos "rebeldes" diminuiu e a ajuda diminuiu, o que propiciou ao governo Sírio a retomada de posições e se aproxima da vitória contra os "rebeldes".

Após essa derrota Obama se voltou para a Ucrânia e usou a Europa para desestabilizar a Ucrânia, Obama fez com que a Europa oferecesse a Ucrânia benefícios comerciais para que ela se aliasse a UE e posteriormente a OTAN, com a qual o EUA poderia cercar a Rússia com seus mísseis apontados para a Rússia de dentro da Ucrânia, porém, a Ucrânia tem sua história vinculada a Rússia, a Rússia reagiu contra a proposta europeia e ofereceu a Ucrânia melhores condições comerciais, o governo ucraniano recusou a oferta da Europa e aceitou a oferta russa...

Em vista desse revés Obama partiu para a solução de "rebeldes" e "manifestações" dentro da Ucrânia, por meses tais manifestantes tomaram a principal praça de Kiev, capital da Ucrânia, e maledicências diversas começaram a surgir contra o presidente ucraniano (que se tivesse aceito a oferta da Europa com certeza não apareceriam), e mesmo com a aceitação pelo presidente de nova eleição não arredaram pé da praça, começaram a ocorrer atentados que foram de forma mentirosa e sem provas atribuídas ao governo ucraniano que acabou caindo devido a um golpe de estado que tirou o presidente eleito do governo.

A essa evidente ruptura da ordem institucional devido a ação externa na Ucrânia a Rússia reagiu e ocupou a Criméia, uma região que sempre pertenceu a Rússia e que com o fim da URSS equivocadamente passou a pertencer para a Ucrânia.
Além disso, a situação no leste da Ucrânia, de maioria russa, se complicou e os anseios de separação da Ucrânia apareceram, uma guerra civil de instalou na Ucrânia...
Esse foi o trágico resultado da ação dos "transformadores do mundo" liderados por Obama na Ucrânia.

Durante a crise da Crimeia, Putin, demonstrando um grande conhecimento da personalidade e da motivação dos politicamente corretos norte-americanos e europeus disse o seguinte:

"Nossos parceiros ocidentais, liderados pelos EUA preferiram não se guiar pela lei internacional em suas políticas, mas pela lei do mais forte.
Eles passaram a acreditar na sua excepcionalidade e na crença de que são os escolhidos.
Eles não podem decidir os destinos do mundo, que apenas eles estão certos".

Em vista dessa concepção da realidade somos levados a crer que Putin tem uma perfeita percepção do que ele está enfrentando!

China, Rússia, Irã e outros países da Ásia se reunem

Essa ação "transformadora do mundo" dos politicamente corretos do EUA e da Europa, que na verdade é desejo de poder através da "condução" da "transformação" das nações sob a tutela deles - os "sábios" que sabem o que é certo para a humanidade, despertou a contra ação da Rússia e da China que buscaram a união da Ásia para fazer frente a essa ofensiva do EUA e Europa.

CICA - Uma nova organização asiática para segurança

Disso surgiu uma nova estrutura de cooperação para a segurança na Ásia que inclui a Rússia, a China, o Irã, possivelmente a Síria, e que, no futuro também espera contar com Japão, Coreia do Sul, Vietnã e todas as demais nações da Ásia.


Rússia e China acabaram de assinar um grande acordo comercial para fornecimento de gás russo da Sibéria para a China, com esse acordo os laços entre Rússia e China ficam mais fortes, e a Rússia não ficará mais presa ao seu maior cliente de gás na atualidade que é a Europa, para a Europa esse acordo é muito ruim pois com ele a Rússia tem alternativas comerciais para o seu gás e poderá negociar mais livremente os preços do gás que fornece para a Europa.
 http://thediplomat.com/2014/05/china-and-russia-sign-massive-natural-gas-deal/

Perfila-se um bloco "oriental" para se contrapor ao bloco "ocidental", uma estrutura estratégica que nunca existiu antes no mundo.

Uma nova definição de forças para o século XXI

Este será, ao que tudo indica, o cenário que vai dominar a política mundial no século XXI.


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