18 de agosto de 2012

"parto humanitário" - mais uma tolice inútil criada por politicamente corretos

NOTÍCIAS

Grávidas fazem protesto em favor do parto humanitário no Rio de Janeiro
EM 06 DE AGOSTO DE 2012 AS 10H50

O Conselho Regional de Medicina do Rio proibiu médicos de atuar em partos domiciliares, mas a resolução foi suspensa na semana passada.
Fonte: G1
No Rio de Janeiro, centenas de mulheres fizeram uma manifestação em favor do parto humanizado. Grávidas, profissionais de saúde e simpatizantes do parto em casa saíram pela orla de Ipanema, na Zona Sul, no domingo.
Elas defendem que a mulher tenha o direito de escolher como deseja ter o filho.
Em julho, o Conselho Regional de Medicina do Rio proibiu médicos de atuar em partos domiciliares.
Mas a resolução foi suspensa pela justiça na semana passada.



Blog da Gisele
Parto Humanizado: esse é o caminho!


O nascimento é encarado como um complexo procedimento médico, em que mulher e bebê, frequentemente, são submetidos às rotinas e procedimentos impostos no hospital, que são muitas vezes desnecessários e prejudiciais.
Felizmente, cada vez mais as mulheres estão se conscientizando dessa “Matrix Obstétrica” que estão inseridas e estão fazendo escolhas baseadas em informação. Escolhas essas que muitas vezes saem do padrão comum da sociedade, mas que são as melhores para essa mulher, bebê e família. Muitas querem um parto domiciliar, um acompanhamento de doulas, de enfermeiras obstetras e obstetrizes. E ao contrário que muita gente pensa, são escolhas que estão de acordo com as mais atuais evidências científicas.
Quem está por dentro das notícias deve estar sabendo das resoluções nº 265/2012 e 266/2012 do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) publicadas no dia 19 de julho, que veta a participação de médicos obstetras em partos em casa e proíbe a presença de doulas, obstetrizes e parteiras em partos hospitalares. Essas resoluções desconsideram as mais atuais evidências científicas, as recomendações da OMS e do Ministério da Saúde. Além disso, essas resoluções desrespeitam o direito da liberdade de escolha das mulheres, famílias e dos próprios profissionais.
A recomendação da revisão sistemática da Biblioteca Cochrane (que reúne as mais atuais pesquisas científicas em saúde) é que se deve oferecer um modelo de atenção promovido por obstetrizes à maioria das mulheres e que elas deveriam ser encorajadas a reivindicar essa opção. Na avaliação da revisão sistemática da Cochrane sobre doulas foi concluído que todos os hospitais deveriam implementar programas para oferecer suporte contínuo intraparto, integrando doulas nos serviços de maternidade, uma vez que os melhores desfechos maternos e neonatais são obtidos quando o suporte contínuo intraparto é oferecido por Douglas.
Viajei por diversos países, conhecendo diferentes culturas e modelos de parto que funcionam. Percebi que a maioria dos países socialmente desenvolvidos tendem a oferecer um cuidado humanizado e centrado na mulher. As gestantes têm o direito de escolher seus acompanhantes durante o parto; são encorajadas a terem uma douda e um plano de parto; ficam no mesmo quarto durante o trabalho de parto, parto e pós parto imediato; fazem parte do processo de tomada de decisão e podem negar qualquer procedimento para ela e seu bebê; têm liberdade de movimento e de escolher a posição que querem ter seus bebês.
O cuidado durante o trabalho de parto e parto para gestações de baixo risco é baseado na enfermeira obstetra e na obstetriz, em um modelo de cooperação com o médico obstetra. Alguns desses países que visitei, onde elas são principais provedoras de cuidado durante a gestação, parto e pós parto (de baixo risco) são: Inglaterra, Alemanha, Holanda, Áustria, Suécia e Nova Zelândia. E todos possuem ótimos índices de mortalidade materna e neonatal e índices de cesariana muito mais baixos que o Brasil (dados de 2008): 24%, 27,8%, 14%,27%, 17%, 20% , respectivamente. Enquanto no Brasil temos 52% de cesarianas, sendo 82% no setor privado, os maiores índices de cesarianas do mundo e 25% das mulheres sofrem violência obstétrica nos hospitais!
Felizmente, foram tomadas as providencias necessárias e as resoluções do CREMERJ foram suspensas no dia 30 de julho, até a decisão final. No domingo, dia 05 de agosto, acontecerá uma marcha pela Humanização do Parto em algumas cidades brasileiras, sendo a concentração maior no Rio de Janeiro. Convido todos a participarem, eu estarei lá em Ipanema, posto 9, às 14h.
Estamos no caminho, Brasil!


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Comentários:

O título do blog da Gisele está incompleto, deveria ser "Parto Humanizado: esse é o caminho - de volta!"

Por que "de volta" ?
Porque por milhares de anos as mulheres tinham os filhos em casa.
E em regiões pobres isso continua a acontecer.

O nome politicamente correto de parto "humanizado" nada mais é que - parto normal - da forma que os humanos o fizeram por milhares de anos.

Acontece que tais partos não tem nada de "humanizado", isso é uma tolice de gente que não sabe a realidade da vida....
Eu por exemplo conheço uma pessoa que tem apenas 15% da visão, e o motivo foi que a mãe teve parto "humanizado", porém, a pessoa demorou para nascer, e nada podia ser feito, pois na casa não existiam recursos, mais um pouco e ele teria ficado cego...

Se o parto tivesse sido em um hospital, ele provavelmente não teria que viver com apenas 15% da visão normal por toda a vida, pois a lesão foi no nervo óptico e é irreversível.

E se, os politicamente corretos dizerem que no caso atual por eles pleiteado irão existir recursos na casa.... podemos afirmar que tais recursos jamais serão iguais aos que existem em um hospital, alem de que, se é para levar os recursos que existem no hospital para a casa ... então, é muito mais fácil fazer o parto no próprio hospital.

Então, os politicamente, como de costume - estão equivocados, parto em casa não tem nada de humanizado, pelo menos para meu amigo não foi.
E conheço muitos que também tiveram problemas ao nascer em casa e por toda a vida amargaram seus efeitos.

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Sobre a proibição do Conselho do Rio acredito que o motivo seja que os profissionais irem fazer um parto na casa da mãe e não em um hospital e isso acarreta a eles responsabilidades profissionais.
É evidente que em casa tais profissionais não terão todos os recursos em caso de uma emergência, e se formos pesquisar ao longo da história nos tempos em que os partos eram feitos rotineiramente em casa, tais emergências eram muito comuns, os casos de falecimento de mães e/ou bebes em partos caseiros desta época são muitas.
E claro, se acontecer algo de ruim para a mãe ou para o bebe, é quase certeza que os familiares colocarão a culpa nos profissionais.

Acredito que essa polêmica, na minha opinião, é mais uma tolice inventada por politicamente corretos que não param um minuto sequer de inventar maneiras para criarem "lutas" inúteis e "direitos" por toda a sociedade.


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