18 de abril de 2013

Em algum momento na história do Brasil existiu Liberalismo econômico ou neoliberalismo ?

A esquerda marxista gosta de apregoar que o Brasil é “neoliberal” ...
Isso é apenas mais um dos chavões do marxismo tal como “burguês”, “capitalista”, “imperialista”, “fascista”, etc.

Se compararmos um país liberal como a Inglaterra e o Brasil que jamais foi liberal, e muito menos “neoliberal", temos o seguinte:

Política:
Inglaterra
– grande estabilidade, desde 1707 é uma monarquia constitucional parlamentarista.
Brasil – total instabilidade – já fomos império, regência, republica velha, ditadura do estado novo, nova republica, ditadura militar e a atual democracia corrupta que para existir precisa cobrar a mais alta carga tributária do planeta, algo oposto aos ideais do Liberalismo.


Império do Brasil: 1822 - 1889

República Velha: 1889 - 1930

Getúlio Vargas e o Estado Novo: 1930 - 1945

Nova República: 1945 - 1964

Regime Militar: 1964 - 1988

Democracia pós regime militar: 1988 -

Representantes da diversidade e da instabilidade da política no Brasil.
Começamos com um imperador e estamos com uma socialista!


O Brasil até 1888 era um país que mantinha oficialmente a escravidão.
O Brasil até uns anos atrás era uma ditadura que tinha empresas estatais em todos os setores produtivos monopolizando os meios de produção, o oposto do ideal liberal.
Liberalismo não existe em uma instabilidade dessas.


Economia:
Inglaterra
– total estabilidade econômica, a libra se mantém estável desde 1707.
Brasil – total instabilidade econômica – já tivemos como moeda o real antigo, o cruzeiro, o cruzeiro novo, o cruzado, o cruzado novo, cruzeiro (de novo), cruzeiro real, e o novo Real. Tivemos inflação desenfreada por 40 anos e o governo já confiscou o dinheiro das pessoas na conta corrente (Collor).


Inflação, uma constante na economia brasileira.

O Liberalismo não funciona nestas caóticas circunstâncias.

Propriedade Privada – uma das bases do Liberalismo:
Inglaterra – existe democratização da propriedade privada, a grande maioria das pessoas é dona do imóvel que mora e não existem imensos latifúndios.
Outro exemplo é o EUA que a 200 anos atrás distribuiu milhões de lotes de terras para os colonos europeus no oeste norte-americano.
Em ambos países o povo tem acesso a compra de ações de grandes empresas, em virtude disso, o trabalhador nestes países também é proprietário das empresas do país.
Brasil – Existem imensos latifúndios a séculos, desde as Capitanias Hereditárias, existem fazendas enormes e riquíssimas que vão de município a município em pleno Estado de São Paulo, o estado mais rico do Brasil, em todo Brasil milhões de pessoas vivem abaixo do nível de pobreza em favelas miseráveis em terrenos baldios, sem ter acesso a casa própria.
O “trabalhador do campo” é o bóia-fria que vive em favelas nas cidades e não no campo.


A divisão do Brasil em capinatias hereditárias em 1532, um feudalismo institído, é uma das origens da tradição latifundiária no Brasil.


Bolsa de Valores (uma das bases do Liberalismo):
Inglaterra
– tem a mais antiga e confiável Bolsa de Valores do planeta.
Brasil – tem um balcão de ações onde só especulador lucra, aplicadores comuns são sempre lesados.

Distribuição de renda:
Inglaterra
- grande igualdade na distribuição de renda com renda média de 21410 dólares.
Brasil – uma das maiores desigualdades do mundo, altíssima concentração de renda, renda média de 3400 dólares.

Forma de trabalho:
Inglaterra
– A Inglaterra foi um dos primeiros países a abolir a escravidão, a Inglaterra fez surgir a Revolução Industrial e o trabalho assalariado criando um enorme parque fabril com trabalhadores assalariados e um grande mercado consumidor.
Brasil - Foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão, apenas em 1888 o Brasil aboliu o trabalho escravo, até 1950 o Brasil era uma imensa fazenda onde apenas a agricultura e a pecuária eram os meios de produção.
A industrialização só foi chegar ao Brasil a partir de 1950 quando empresas estrangeiras vieram para cá e começaram a fabricar automóveis e eletrodomésticos que antes jamais foram produzidos aqui.



Até 1888 no Brasil ainda existia escravidão oficial.


No Brasil até 1930 ainda existia cangaço.


Carga tributária:
Inglaterra
- baixa carga tributária.
Brasil - uma das maiores cargas tributárias do planeta, o povo precisa trabalhar quase a metade do ano apenas para pagar impostos.
Isto é incompatível com o Liberalismo.


Brasil, uma das maiores taxas tributárias do mundo, incompatível com o (neo) Liberalismo.



Estas são as diferenças enormes entre um país liberal e o Brasil.
Como, diante de tamanhos contrastes alguém pode dizer que Inglaterra e Brasil usam o mesmo sistema econômico ?
Só mesmo marxistas para dizer isto...

O Brasil sempre foi um país agrícola, onde "nobres" e coronéis donos da terra mandavam como se fossem senhores feudais.
Os empregados desses senhores, até 1888 foram os escravos negros, depois de libertos os negros continuaram a trabalhar por um salário que apenas lhes dava condição para ter casa e comida morando em colônias dentro das fazendas, em alguns estados vieram emigrantes europeus para trabalhar na lavoura nas mesmas condissões.
Esta condição de servidão camuflada, só foi mudar durante a ditadura militar, na década de 1970, quando os latifundiários brasileiros executaram o maior êxodo do mundo moderno !
Quarenta milhões de trabalhadores rurais foram expulsos das fazendas, as fazendas foram cercadas, e surgiu no Brasil a figura do “bóia-fria”, um trabalhador rural que não mora junto a terra em que labora, foi obrigado a morar em favelas ao redor das cidades.
Esse êxodo foi feito porque o Brasil já não podia mais manter, perante o mundo, os trabalhadores rurais fora da lei trabalhista (CLT).


O Brasil sempre foi essencialmente agrícola até o ano de 1950.


No Brasil jamais existiu, antes de 1950, um parque fabril desenvolvido, o mercado sempre esteve sujeito a vontade dos senhores donos da terra.
Depois de 1950, com a implantação da industria automobilística no Estado de São Paulo, começou a surgir a industrialização nesse estado, porém, o restante do Brasil permaneceu agrário, com isso ocorreu uma enorme migração de outros estados para o Estado de São Paulo.
No Brasil jamais existiu o pleno Estado de Direito democrático, tivemos aqui duas longas ditaduras, a política sempre teve enorme grau de corrupção e instabilidade, de 1964 até 1988 existiu uma ditadura militar centralizadora incompatível com o Liberalismo econômico.
Ou seja, jamais existiu no Brasil o sistema econômico Liberalismo.


Sobre o “neoliberalismo”.



Margareth Thatcher e Roland Reagan os únicos que aplicaram as ideias da Escola de Chicago.


O que os marxista chamam, por desconhecimento ou por maledicência, de “neoliberalismo” foram ações de governo executadas a partir de 1980 na Inglaterra por Margareth Thatcher e no EUA por Ronald Regan, que tinham a intenção de diminuir o tamanho do estado, tinham a intenção de retornar aos valores e ideais do Liberalismo clássico.
Praticamente foi aplicado apenas nesses dois países, a França por exemplo, não tomou tais medidas e permaneceu com o estado ”cheio”.

Tais medidas tiveram como base os estudos do economista norte-americano Milton Friedman e visavam diminuir impostos, erradicar cobranças de taxas, distribuir renda, eliminar o assistencialismo estatal e se desfazer de empresas estatais para chegar a um “estado mínimo”.
Tais medidas foram executadas no EUA e na Inglaterra e estes países chegaram ao “estado mínimo” desejado.
Alias, qual é o ser humano que não quer menos impostos?
Qual o ser humano que não quer menos barnabés "trabalhando" em estatais sempre deficitárias.
Os únicos que querem altos impostos para sustentar um governo cheio de estatais deficitárias são esquerdistas, socialistas e marxistas em geral.


Os teóricos da Escola de Chicago.


No Brasil, onde jamais existiu Liberalismo, não poderia existir um “neo” liberalismo !
A única coisa que existiu no Brasil foi a passagem das empresas estatais para as mãos de particulares brasileiros e estrangeiros.
Os estrangeiros receberam seu quinhão em troca da tecnologia, se as empresas ficassem apenas com brasileiros seria muito difícil e caro comprar tecnologia lá fora.
Desta forma, as estatais do norte e nordeste, Minas Gerais e Rio de Janeiro ficaram para brasileiros, e as de São Paulo e sul para estrangeiros.
O dinheiro de tais vendas desapareceu sem nenhum proveito para o povo brasileiro.
Tais "vendas" jamais tiveram as mesmas intenções que existiram no EUA e na Inglaterra, aqui apenas foi mais uma jogada do poder dominante para se apossar das empresas estatais que em mãos privadas dariam grande lucro.

As outras medidas não foram executadas no Brasil, o Brasil continuou sendo o país com uma das maiores cargas tributárias do planeta, altíssima concentração de renda, enorme quantidade de taxas e multas de todos os tipos e o assistencialismo do voto de cabresto aumentou !
Sem falar da corrupção que continuou intacta.
De forma que o termo “neoliberal” usado para adjetivar o Brasil serve apenas como chavão para esquerdistas gritarem e em nada corresponde a verdade dos fatos.

O “neoliberalismo” no Brasil foi apenas mais uma trapaça aplicada pelos corruptos que mandam no Brasil.
Infelizmente o povo brasileiro, mantido a distância de uma boa educação e informação, permanece alheio a todas essas farsas e mentiras generalizadas.

Os marxistas também gostam de se referir ao Brasil como sendo “capitalista”.
Tudo que foi dito acima serve para isso também, mas, podemos ainda fazer algumas observações.

Vamos fazer a seguinte análise:
O Canadá, uma ex-colônia, é capitalista.
O Brasil, uma ex-colônia, é capitalista.
O Canadá é um país desenvolvido com excelente igualdade social.
O Brasil é um país não desenvolvido e com milhões de miseráveis.

Mas, se ambos os países tem o mesmo sistema econômico como os resultados podem ser tão diferentes ?
Como o Canadá capitalista pode chegar a ter um dos povos mais cultos e desenvolvidos do planeta e o Brasil, tendo supostamente o mesmo sistema continuou pobre e subdesenvolvido como sempre foi ?

Seria lógico se esperar que ambos os países tendo o mesmo sistema ou fossem ambos pobres ou fossem ambos desenvolvidos !
Não é isso que acontece...

Na verdade, o Canadá é uma país sério tanto na política como na economia, aplicou corretamente as regras do Liberalismo, incentivou a imigração de colonos europeus e distribuiu terras a eles, criou um excelente sistema de ensino em todos os níveis e produziu um povo culto que levou o Canadá a ser uma nação desenvolvida.
O Brasil, infelizmente, com a sua elite corrupta, não fez nada disso, manteve seu povo refém da ignorância com um péssimo ensino, refém de altas cargas tributárias, jamais distribuiu terras para colonos e manteve o latifúndio secular que já vinha desde as Capitanias Hereditárias, e com isso manteve o povo que antes era escravo na mesma pobreza secular em que sempre esteve.

O Canadá é um país que tem como sistema econômico o Liberalismo.
O Brasil é um país onde jamais existiu Liberalismo, ou "capitalismo".


Se não é liberal o que o Brasil é ?

Diante do que foi colocado aqui alguém bem intencionado e que pensou um pouco a respeito do assunto pode perguntar - se o Brasil não é liberal o que o Brasil é ?

Essa pergunta merece uma explicação.

A intenção do texto é mostrar que no Brasil nunca existiu LIBERALISMO ECONÔMICO, e que devido a isso muito menos poderia existir "neoliberalismo".

Mas, mesmo em nunca ter existido liberalismo econômico no Brasil podemos dizer que o Brasil é liberal ?
Podemos, porque são coisas diferentes !
Mas é preciso detalhar isso.

- No Brasil existe direitos e liberdade gay ?
Sim, existe.
Então o Brasil é um país liberal neste sentido.
- No Brasil existe liberdade religiosa ?
Sim, existe.
Então o Brasil é um país liberal neste sentido.
- No Brasil existe liberdade de expressão, folclórica, racial, cultural ?
Sim, existe.
Então o Brasil é um país liberal neste sentido.

Então podemos afirmar que em termos de COSTUMES o Brasil é um país liberal.

O Brasil é uma nação socialista ?
Não, não é.
O Brasil é uma ditadura atualmente ?
Não, não é.
O Brasil é uma monarquia ?
Não, não é.
O Brasil é uma social-democracia ?
Não, não é, porque no Brasil não existe o "bem estar social" necessário para tal qualificação.

O Brasil é uma democracia ?
Apesar de que o executivo no Brasil governa através de Medidas Provisórios que entram em vigor no momento da assinatura pelo presidente, como se fossem decretos lei, e da reedição de tais medidas indefinidamente; apesar desse mesmo executivo manter dentro de seus próprios ministérios esquemas corruptos de compra de votos no legislativo; apesar de que a suprema corte (STF) ter maioria de ministros indicados pelo presidente da república e que votam de acordo com a vontade do executivo nas matérias de interesse deste... no papel o Brasil é uma democracia, onde porém não existe o Estado de Direito na corretas acepção do termo.

Mas, após sua independência o Brasil, na maior parte do tempo não foi democracia.
Após a independência por 67 anos o Brasil foi um estado imperial que possuiu dois imperadores e um regente, portanto não era uma democracia representativa.

Depois do término do império o Brasil se tornou república, a chamada "república velha", onde apesar de existir eleição, tais eleições eram restritas e dirigidas pela política "café com leite" onde os estados de São Paulo (café) e Minas Gerais (leite) dominavam e elegeram a maior parte dos presidentes.

A república velha foi substituída pela ditadura Vargas, o "estado novo", onde não existia democracia.

Após o término da ditadura Vargas o Brasil teve o período denominado "nova república" onde existiu democracia representativa por curto período, mas onde pipocaram tentativas de golpe de diversas matizes e onde a agitação comunista estava efervescente, para que JK pudesse exercer o governo eleito pelo povo foi necessário o general Lott dar um contra golpe, durante todo o governo JK a agitação e a ameaça de golpe existiu, depois veio JQ que levou o país ao caos e ao golpe de estado de 1964.

Em 1964 o Brasil entrou no regime militar por 24 anos, onde não existia democracia representativa plena, o regime militar aplicou total interferência do estado na economia criando empresas estatais em todos os campos da economia, em economia o regime militar aplicou a mentalidade da esquerda e jamais o Liberalismo.

Após o término do regime militar em 1988 o Brasil entrou no atual regime democrático, um regime caótico em economia onde já existiu altíssima inflação e a corrupção é enorme, não se pode dizer que o Brasil não é uma democracia atualmente mas podemos também dizer que é uma democracia capenga que fica muito distante da democracia que existe no Canadá por exemplo, e onde o Estado de Direito apesar de existir em teoria deixa muito a desejar na prática.
E para piorar o atual governo tem comunistas nos postos chaves do governo.

Diante do exposto podemos afirmar que o Brasil é um país liberal NOS COSTUMES.
Podemos dizer que em política, atualmente, o Brasil é liberal, uma vez que existem eleições, mas, como no Brasil a justiça é precária, a corrupção é enorme, existe uma enorme distorção do termo "liberal", de forma mais correta podemos dizer que o Brasil é um país onde existe libertinagem política e não que seja um país liberal.




Para carnaval, futebol, parada gay, o Brasil é liberal.

Mas, na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA)

Apenas uma minoria tem acesso.


Em economia não podemos dizer que o Brasil é um país liberal, pois existe alta taxa tributária, com pouco retorno em forma de investimento social dos impostos cobrados, no Brasil existe alta concentração de renda proveniente em grande parte da existência do monopólio na agricultura por latifundiários, o monopólio estatal, na prática, do petróleo, o monopólio de grandes empresas na mineração e em outros setores.
Apesar de existir livre mercado no comércio a Bolsa de Valores no Brasil é restrita e corrupta, o sistema bancário é ditatorial e consegue cobrar exorbitantes taxas de juros de até 10% ao mês, o financiamento a pequenas empresas é inexistente.
Tais características impedem a existência do Liberalismo.

Em resumo temos:
Costumes - o Brasil é liberal.
Política - no Brasil é libertinagem.
Economia - não é liberal
.

Na verdade o Brasil é um caso único no mundo, é a primeira civilização tropical, um país com grande área territorial e grande população, fala a mesma língua em todo o território, mas, possui arraigado regionalismo comandado por um estado central corrupto, e devido a isso ainda não atingiu o status de estado-nação, é apenas um estado.



***



Sistemas econômicos.

A sociedade ocidental e as diversas formas de relações sociais e econômicas que existiram no Ocidente
.

O marxismo cultural inventou uma história econômica mentirosa e a divulga nas escolas brasileiras.
Marx por ignorância ou por má intenção ignorou por completo na sua "teoria" uma das mais importantes fases históricas da sociedade ocidental - o Mercantilismo.

Para Marx o Feudalismo vai até o século XIX !
Para Marx em 1848 ainda existia propriedade feudal na Alemanha !
Marx ignorava que a organização social no mundo ocidental a partir de 1500 mudou do Feudalismo (trabalho servil no feudo) para o Mercantilismo (trabalho escravo negro nas colônias).
E a partir de 1800 o MODO DE PRODUÇÃO - que por milênios era o mesmo - mudou para o Liberalismo (trabalho assalariado e fabril).
Devido a isso colocamos os esclarecimentos a seguir.

O estudo sistemático de economia se iniciou a partir da primeira Revolução Industrial (segunda metade do século XVIII), a consciência que existia um sistema econômico só foi conhecido a partir de então.
Quem mais contribuiu para esse conhecimento foi Adam Smith, que identificou um sistema econômico existente até então, o Mercantilismo, e propôs um novo sistema oposto ao Mercantilismo, o Liberalismo.

Sistema econômico é como as mercadorias são comercializadas.
É a forma como a sociedade conduz a sua economia.
Não tem a ver como as mercadorias são produzidas, neste caso é - modo de produção.
Modo de produção existiram apenas dois na sociedade civilizada:
- produção baseada na força braçal humana e na tração animal, que existiu desde a antiguidade até ante da Revolução Industrial;
- produção baseada nas máquinas e na divisão do trabalho humano, que começou a existir depois da Revolução Industrial, por volta de 1800.

Tivemos no Ocidente 4 sistemas econômicos:

1 - Sistemas Imperiais da antiguidade (3100 AC – 500 DC)


Na Roma imperial existiam trocas, dinheiro, lucro, propriedade privada, e os meios de produção eram o trabalho braçal humano e a força animal.

Neste sistema o modo de produção era o trabalho escravo da nação subjugada na agricultura e mineração.
Em Roma quem trabalhava eram escravos trazidos das nações derrotadas, ou mesmo, o trabalho submisso na própria nação subjugada sendo coletado em forma de tributo.
Esse sistema existiu desde o Egito dos faraós em 3000 AC, passou pelo império Babilônico, pela Grécia Clássica até chegar ao Império Romano.
Tal sistema terminou com a queda do Império Romano do Ocidente.
A partir dai, com a desagregação do Império Romano, não existia mais um poder central, o poder passou a ser local, em uma pequena região, onde dominava um nobre.
Porém, um novo poder central, não militar no início, também começou a surgir paralelamente após a queda do império romano - o Vaticano cristão.
O Papa pouco a pouco, através da fé cristã, foi adquirindo poder político.
Para os nobres era conveniente a divisão do poder com a igreja, pois a religião moderava a população.


2 - O Feudalismo (500 DC – 1500 DC).


No feudalismo também existiam trocas, dinheiro, lucro, propriedade privada, e o meio de produção continuava a ser o trabalho humano e animal.

Após a queda do Império Romano do Ocidente surgiram centenas de regiões autônomas na Europa, nelas um nobre dominava, erguia seu castelo e em torno dele o plebeu vivia e trabalhava na lavoura ou de forma artezanal.
A produção de bens e serviços era no feudo do nobre, através do trabalho servil do plebeu, praticamente trabalho de sub-existência, foram 1000 anos desta forma.
O trabalho servil não era considerado trabalho escravo, mas, era a mesma coisa, os plebeus trabalhavam nas terras do senhor feudal por casa e comida.
A contribuição do Vaticano na manutenção desse sistema por esse longo tempo foi fundamental.


3 - O Mercantilismo (1500 – 1800).


Mercantilismo, um período histórico ignorado por Marx que via o feudalismo indo até 1848!
No mercantilismo o meio de produção continuou a ser o trabalho humano (escravo) e animal.

Com o início das navegações e a partir da descoberta da América, Ásia e da África pelos europeus (portugueses e espanhóis), o sistema de produção mudou ...os feudos começaram a desaparecer e o trabalho escravo - na colônia - passou a sustentar as metrópoles europeias.
Outros fatores contribuíram para a mudança no sistema de produção.
Estes fatores foram:

- O Renascimento italiano a partir do século XIV fez surgir uma nova forma de pensar na Europa, e principalmente de confrontar o poder da Igreja, o poder do Papa, filósofos e cientistas confrontaram os dogmas da Igreja e provocaram questionamentos religiosos, isso abalou o poder dos senhores feudais que pouco a pouco foram perdendo poder para o rei.

- Depois de 1000 anos de pouca migração na Europa, uma vez que as pessoas se fixavam nas regiões, nasciam, viviam e morriam no feudo, se relacionavam apenas com os feudos vizinhos, foi surgindo uma identificação étnica, foi surgindo o sentimento de nação, franceses, belgas, espanhóis, ingleses, prussianos, etc.
Isso possibilitou a ascensão ao poder dos reis absolutistas e a perda do poder dos senhores feudais.
O exemplo mais visível disso aconteceu na Espanha, que foi unificada como nação pelos “reis católicos” Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela no final do século XV.
O poder nas mãos do soberano terminou com o período feudal e deu origem a poderosos estados-nação, muitos deles se tornaram vastos impérios como a Espanha e a Inglaterra.

- Uma outra causa importante para a mudança do sistema foi que coincidentemente com a descoberta do "novo mundo", aconteceu a maior peste conhecida na Europa, a Peste Negra (século XIV) que decimou 1/3 da população da Europa !
Tal fatalidade matou em sua grande maioria os trabalhadores servis nos feudos, o que provocou uma grande carência de mão de obra na Europa.
Os sobreviventes, com medo da morte, emigraram para as novas terras ou se tornaram marinheiros/piratas para fugir da peste em terra.

Dai surgiu o Mercantilismo, um sistema colonial e mercantil, um exemplo bem conhecido por nós brasileiros era a metrópole (Portugal) vir no Brasil, cortar pau-brasil, e levar para a Europa para vender para os demais países, um sistema mercantil extrativo da colônia.
Implantaram também engenhos de cana, mineração, pecuária e plantações de algodão.
O índio não se prestou a esse trabalho, daí, buscaram os negros na África para trabalharem como escravos na América....

O cenário da passagem do Feudalismo para o Mercantilismo se configura da seguinte forma:
Antes, as mercadorias eram produzidas através do trabalho servil no feudo dentro da Europa, agora, as mercadorias eram produzidas nas colônias através de extração vegetal, mineral, pedras preciosas, e lavoura trabalhada por escravos negros, um sistema completamente diferente do anterior !


Esquematicamente temos:

Feudalismo

Poder político – senhor feudal.
Tipo de trabalho - servil no feudo
Economia – de sobrevivência no feudo.

Mercantilismo
Poder político – rei absolutista.
Tipo de trabalho - escravo na colônia.
Economia – mercantil, extrativa e agrícola na colônia

A característica principal do Mercantilismo foi o - monopólio - que as metrópoles exerciam sobre suas colônias.
As colônias não podiam comerciar com outros países, apenas com a metrópole, por exemplo o Brasil, só podia comerciar com Portugal.
Com as grandes riquezas em ouro, prata, metais preciosos que os reis absolutistas obtiveram nas colônias eles exerciam o domínio sobre a economia da nação e compravam tudo que não era produzido pelas suas colônias em outros países.

Um detalhe interessante proveniente disso é que a Alemanha/Prússia, que não tinha colônias, foi obrigada a passar a ser fornecedora das mercadorias que as metrópoles coloniais não obtinham nas suas colônias, isto provocou o surgimento na Alemanha/Prússiia de uma maior habilidade artezanal, tais como ferreiros, marceneiros, vidreiros, etc.


Universidade de Oxford na Inglaterra é a mais antiga do mundo, já existia no início do século XII, a Inglaterra incentivou a pesquisa científica e disso surgiram diversos cientistas e inventores que propiciaram a Revolução Industrial.

A Inglaterra foi um caso a parte, apesar de ter as colônias, a Inglaterra não descuidou da sua capacidade artezanal como Portugal, Espanha, França e Holanda descuidaram, a Inglaterra também desenvolveu suas universidades nesse período, de onde surgiram grandes cientistas como Newton e inventores como Watt, o que propiciou a Inglaterra as descobertas científicas e as invenções que a levaram a Revolução Industrial.
O sistema Mercantilista foi o q menos durou, apenas 300 anos.


O Liberalismo - a partir da Revolução Industrial Inglesa (1750-1850)


Londres - a capital do liberalismo.

Com a Revolução Industrial inglesa, com o surgimento das ideias liberais, com a independência das colônias, com o surgimento do trabalho assalariado e a grande geração de mercadorias - pela primeira vez surgiu uma teoria econômica em 1776, o Liberalismo Econômico de Adam Smith, que veio se juntar ao Liberalismo Político de Locke e outros.
A eliminação dos monopólios, a libertação dos escravos, a independência das colônias, o trabalho assalariado, a democratização da propriedade privada através da doação de terras para colonos na América, o surgimento de empresas SA com ações em Bolsa de Valores, o surgimento de empresas limitadas (Ltda.) familiares que estimularam a livre iniciativa privada em um mercado livre e competitivo, o surgimento da Democracia com Estado de Direito na política, são as bases do Liberalismo.



No liberalismo também continuou a existirem trocas, dinheiro, lucro.


Porém, o modo de produção mudou, as máquinas passaram a fazer a maior parte do trabalho.
Com o liberalismo o trabalho humano passou a ser por salário e o trabalho animal cada vez mais foi menos utilizado.
Com o liberalismo surgiu a divisão do trabalho, que possibilitou a cooperação entre humanos para produzirem os bens que necessitam para viver.



E foi com o liberalismo que pela primeira vez surgiu oficialmente na humanidade na Constituição de uma nação (EUA) em 1776 os direitos humanos.


As características do Liberalismo são:

- democracia, Estado de Direito e estabilidade política..
- não participação direta do estado na economia - não quer dizer que o estado não vá controlar a economia. O que não deve existir é o estado monopolista e empresário (empresas estatais). Porém, o estado deve investir em educação, saúde, segurança e seguridade;
- baixa carga tributária.
- existência da propriedade privada e propriedade intelectual.
- mercado livre e competitivo.
- não existência de monopólios, o país deve manter uma eficiente Lei Antitruste.
- Existência de empresas de Sociedade Anônima (SA) com ações em Bolsa de Valores, para que possa existir a democratização da propriedade privada, no Liberalismo qualquer trabalhador em uma grande empresa SA pode ser dono da empresa em que trabalha comprando ações.
- empresas limitadas (Ltda.), geralmente familiares, milhões delas formam a base da produção liberal.
- não existência de latifúndios.
- Justiça atuante e eficiente
.

Estes são os quatro sistemas relações sociais e econômicas que existiram na humanidade ao longo de sua história.
Sendo que, o mais importante é que nos três primeiros (Imperial, Feudalismo, Mercantilismo) o modo de produção não se alterou, sempre esteve baseado no trabalho humano e animal, e no último deles, o Liberalismo, ai o modo de produção mudou com o surgimento das máquinas.



***



Capitalismo - o que é isso ?

“capitalismo” é um termo marxista indefinido.

O termo "capitalismo" foi um termo que surgiu de alguém que não era economista, surgiu de alguém que queria acabar com a propriedade privada e com o sistema de salários e implantar o socialismo – Karl Marx.
“capitalismo” é um termo marxista que não corresponde a realidade histórica, na verdade é um termo para uso político, um slogan a ser odiado.
Como verificamos anteriormente não existe ao longo da história da economia um sistema econômico “capitalista”.

Marx na sua concepção ideológica da sociedade e da história omite que após o feudalismo existiu um outro sistema econômico, o mercantilismo.
Marx também ignora a enorme importância que a produção nas colônias (e não mais no feudo) exerceu na economia da Europa!
Marx em sua analise da economia se prende apenas na Europa e esquece a América !

Marx também ignora que o trabalho assalariado apenas surgiu após a ocorrência de quatro acontecimentos históricos simultâneos e decisivos para os rumos da economia mundial, são eles:

1 – Revolução industrial que possibilitou a divisão do trabalho e a produção em massa de mercadorias. (séculos XVIII e XIX).
2 - Surgimento da democracia liberal e do Estado de Direito (séculos XVIII e XIX).
3 – Independência das colônias na América (século XIX).
4 – Libertação dos escravos com o consequente surgimento do trabalho assalarioado (século XIX).


Ignorar tais acontecimentos históricos e se prender apenas ao suposto (e falso) surgimento de uma burguesia após o fim do feudalismo é algo descabido, uma vez que o trabalho assalariado para operários em fábricas só foi surgir no século XIX !

Como poderiam existir burgueses em 1600, que supostamente exploravam mais-valia, se não existia trabalho assalariado em fábricas ?
Como poderia existir burguesia se a produção ainda era com trabalho escravo nas colônias ?!

Esse tipo de atitude omissa, como já mencionamos, foi a tônica em Marx, sempre que a realidade histórica chegava até Marx ele a ignorava e inventava apenas o que lhe convinha, o que faz surgir sempre uma teoria falsa e irreal.







Desde o início da civilização humana existiu acumulação de capital pelo trabalho humano.


Acumulação de capital.

Os seres humanos fazem bens duráveis, acumulam coisas (bens de capital), não porque são “capitalistas” ... o fazem porque precisam disso para viver, para se proteger, porque acham bonito, porque querem fazer alguma coisa em vez de ficar dormindo.
E tais coisas, é claro, vão se acumulando ... ninguém vai destruir uma casa quando a pessoa que a construiu morre !
Ninguém vai destruir uma obra de arte quando o artista que a fez morre.
Ninguém normal vai deixar a casa que possui para o estado ... deixa para os filhos.
Com isso acontece a acumulação de capital em uma determinada família, e essa família se torna rica se for acrescentando bens ao longo das gerações.
Isso também acontece nos países, por exemplo as pirâmides, o Coliseu de Roma, o Big Ben de Londres, são bens de capital que foram construídos a séculos e que geram lucro para o povo atual !
Países que tem uma grande produção de bens dentro de seus limites por longo tempo, se tornam países ricos.
Por exemplo as cidades de Nova York, Boston, Detroid, Chicago, Dallas, São Francisco, construídas dentro do EUA, são uma enorme riqueza que o povo norte-americano, com seu trabalho, construiu dentro do EUA, por isso o EUA é rico.

A acumulação de capital existe desde e sempre na humanidade, a partir do momento que a humanidade deixou de ser nômade e se fixou em uma região, ao fazerem isso os humanos começaram a construir casas, muralhas, castelos, templos, obras de arte, navios, joias, moedas de ouro, etc, tudo isso é acumulação de capital, e sempre existiu, desde Tutankamon com sua máscara mortuária de ouro até Bill Gates com o Windows.
A Igreja Católica desde o século V começou a acumular imenso capital em terras, obras de arte, joias, prédios, etc.

Mas, essa característica - não é sistema econômico, não é modo de produção, "acumulação de capital" existiu desde e sempre na humanidade.

A teoria marxista que diz que o “capitalismo” surgiu depois do feudalismo com a suposta “burguesia” é equivocada e mais uma vez descarta a realidade histórica.

O modo de produção atual, que vem desde o início do século XIX, o Liberalismo, que Marx ideologicamente chamou de “capitalismo”, só foi possível com os fatos históricos já apresentados e não com a suposta “burguesia”.

Tais fatos foram:
- Independência das colônias, que forçou as metrópoles a buscarem outras fontes de renda.
- O fim da escravidão, que forçou o pagamento de salários para os trabalhadores.
- A Revolução Industrial que permitiu o surgimento de fábricas e a produção em massa de mercadorias para todos, não mais apenas para os nobres - a grande produção de mercadorias foi para os próprios trabalhadores comprarem e usarem !
Os trabalhadores que sempre tiveram poucos bens através dos milênios, com a grande produção de mercadorias, puderam ter acesso a elas, e com isso foram gradativamente melhorando seu padrão de vida.
O valor dos salários também foi aumentando e cada vez mais os trabalhadores foram conseguindo comprar mais coisas e inclusive poupar !
Poupar para com esse capital fundarem pequenos negócios que iriam alavancar o progresso de muitas nações.
Hoje em dia existem milhões de trabalhadores que se tornaram empresários !
Noventa e nove por cento da produção no EUA é feito por pequenas empresas rurais, industriais e de serviços !

Essa é a verdade histórica e não a mentirosa história marxista.
Não existe a suposta luta de classes, milhões de trabalhadores mundo afora, que tiveram competência e vontade, se tornaram pequenos empresários, muitos, como os donos do McDonald´s, que trabalhavam com carrinho de lanches, se tornaram grandes empresários.


Comentário sobre "a mão invisível".

Marxistas usam, por ignorância ou por má fé, a frase de Adam Smith onde ele se refere a "mão invisível" como se essa frase fosse o Liberalismo !
Essa frase de Adam Smith é uma constatação, e não é o Liberalismo.

A frase diz que os seres humanos apesar de agirem sempre em proveito próprio quando colocados em um sistema de livre iniciativa e livre comércio, essa característica humana resulta no progresso para toda a soicedade.

Adam Smith jamais disse que no Liberalismo não existe nenhum controle e cada um faz o que tem na cabeça.
O sistema onde supostamente não existiria nenhum controle do estado é o ANARQUISMO, e não Liberalismo.


A Riqueza das Nações a obra prima de Adam Smith, a base do liberalismo.


Ação Humana a obra prima de Ludwig Von Mises. Mises explicou de forma concisa o liberalismo e refutou de forma esmagadora o socialismo!

Vamos colocar como ilustração um texto de Ludwig Von Mises sobre o que são anarquismo e liberalismo:

"A questão da compulsão realmente responde o propósito, nestes casos, deve reservar para posterior consideração.
O que nos interessa aqui é algo completamente diferente, ou seja, a questão de saber se as pessoas cujas ações põem em perigo a sobrevivência da sociedade devem ser compelido a se abster de fazê-lo.
- O alcoólatra e viciado em drogas prejudicam apenas a si mesmos pelo seu comportamento, a pessoa que viole as regras da moralidade que regem a vida do homem na sociedade, não só prejudica a si mesmo, mas todos.
- Vida em sociedade seria impossível se as pessoas que desejam a sua existência e que têm uma conduta em conformidade teve de renunciar ao uso da força e da coação contra aqueles que estão dispostos a minar a sociedade pelo seu comportamento.
- Um pequeno número de indivíduos anti-sociais, ou seja, pessoas que não desejam ou são capazes de fazer os sacrifícios temporários que a sociedade exige delas, poderia fazer toda a sociedade impossível.
- Sem a aplicação de compulsão e coerção contra os inimigos da sociedade, não poderia haver qualquer vida em sociedade.

Chamamos o aparato social de compulsão e coerção que induz as pessoas a respeitar as regras da vida em sociedade, ao Estado, as regras segundo as quais as receitas do Estado, Direito e os órgãos com a responsabilidade de administrar o aparelho de compulsão, governo.

Há, com certeza, uma seita que acredita que se pode com bastante segurança dispensar toda a forma de compulsão na sociedade e base inteiramente no cumprimento voluntário do código de moral.
Os anarquistas consideram o estado, direito e instituições do governo como supérfluos em uma ordem social que serve realmente o bem de todos, e não apenas os interesses especiais de uns poucos privilegiados.
Só porque a atual ordem social baseada na propriedade privada dos meios de produção é necessário recorrer a compulsão e coerção em sua defesa.
Se a propriedade privada fosse abolida, então todos, sem exceção, teriam espontaneamente observar as normas exigidas pela cooperação social.

Já foi apontado que esta doutrina é errada na medida em que se trata do caráter da propriedade privada dos meios de produção.
Mas, mesmo para além deste, é completamente insustentável.

O anarquista, com razão não nega que toda forma de cooperação humana em uma sociedade baseada na divisão do trabalho exige a observância de algumas regras de conduta que nem sempre são agradáveis ao indivíduo, pois impõe-lhe um sacrifício, só temporária, é verdade, mas, para todos os que, pelo menos para o momento, doloroso.

Mas o anarquismo está enganado ao supor que todos, sem exceção, estarão dispostos a observar essas regras voluntariamente.
Há dispépticos que, embora saibam muito bem que a indulgência de um determinado alimento irá, após um curto período de tempo, causar-lhes graves, até mesmo dores mal suportável, são, todavia, incapaz de renunciar à fruição do prato delicioso.

Agora, as inter-relações da vida em sociedade não são tão fáceis de rastrear como os efeitos fisiológicos de um alimento, nem as consequências daí tanta rapidez e, acima de tudo, de modo palpável para o malfeitor.

Pode, então, ser assumida, sem cair completamente no absurdo, que, apesar de tudo isso, cada indivíduo em uma sociedade anarquista terá maior visão e força de vontade que um dispépticos gulosa?
Em uma sociedade anarquista é a possibilidade de ser inteiramente de excluir que alguém possa negligência jogar fora um fósforo aceso e iniciar um incêndio, ou, num acesso de raiva, inveja ou vingança, infligir ferimentos em seu companheiro?

O anarquismo não entende a verdadeira natureza do homem.
Seria possível apenas em um mundo de anjos e santos.

Liberalismo não é anarquismo, nem tem absolutamente nada a ver com o anarquismo.


O liberal entende claramente que, sem recorrer à compulsão, a existência da sociedade estaria em perigo e que por trás das regras de conduta cuja observância é necessária para assegurar a cooperação humana pacífica deve permanecer a ameaça da força, se todo o edifício da sociedade não está a ser continuamente à mercê de qualquer um dos seus membros.

Ele deve estar em uma posição para obrigar a pessoa que não respeita a vida, a saúde, a liberdade pessoal ou a propriedade privada dos outros a concordar com as regras da vida em sociedade.'

Ludwig von Mises, Liberalism.

O Liberalismo é um sistema político-econômico onde diversos mecanismos existem, tais como:
- democracia representativa (vontade da maioria quanto à coisa pública)
- liberdade de pensamento político (partidos políticos)
- liberdade individual.
- direitos e deveres iguais estabelecidos em uma Constituição.
- divisão do trabalho
- direito a propriedade privada.
- desenvolvimento do bem estar social, efetuado através de mecanismos como férias, 13o., aposentadoria, salário desembrego, assistência médica pública, etc.
- baixa interferência do estado na economia (BAIXA, mas jamais, inexistente)
- controle macroeconômico da economia através de um Banco Central autônomo.

E principalmente para que uma nação tenha um sistema liberal existe a necessidade da vigência do Estado de Direito, através do qual a sociedade funciona através de LEIS e jamais através do que um partido acha certo.

Tudo isso é feito por HUMANOS e não por seres supostamente perfeitos.
Humanos trapaceiam, por isso devem existir mecanismo da lei para coibir isso no Liberalismo.
Humanos erram, existe a necessidade de uma constante melhoria no sistema para prevenir isso no Liberalismo.

A base do Liberalismo é a LIBERDADE.
Com base nisso cada nação estabelece as suas leis de acordo com as suas características e tradições.
No Japão o sistema liberal é diferente do da Suécia, mas em ambos todas as principais características do Liberalismo estão presentes.

A Dinamarca, o Canadá, o Noruega são países liberais, socialistas é que eles não são !
Tais nações tem democracia, direito a propriedade privada, livre comércio, liberdade individual, partidos políticos, constituição feita pelo Parlamento, e nelas funciona o Estado de Direito.


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