3 de junho de 2012

O pensamento econômico de David Ricardo e as tolices que a mentirosa maledicência marxista inventa sobre o assunto

Um amigo colocou uma questão no meu recados do Orkut, achei que seria oportuno eu colocar a minha resposta não apenas na comunidade "Marx é inquestionável", mas, também aqui no blog.

A questão é a seguinte:

"Um marxista soltou esta pérola : Utopia? Meu caro qualquer um pode questionar o socialismo, isso até eu mesmo faço, mas negar a existência da luta de classes seria negar a existência da própria história.
É só sair na rua que se vê a luta de classes, ela molda as sociedades há milhares de anos.
E foi o liberal David Ricardo, ao determinar que o valor dos salários dos operários deveriam ser o mínimo possível para garantir apenas a sua sobrevivência, quem formulou a luta de classes.
Marx só deu nome ao que a burguesia liberal já tinha posto no papel.
David ricardo postulou algo assim ?"



Minha resposta:

Se existe uma coisa que marxistas desconhecem por completo é teoria econômica, a começar de Karl Marx, que era um completo ignorante em economia, a Escola de Economia Austríaca demonstrou os erros bisonhos de Marx em O Capital sobre economia, em especial na teoria do juro.
E existe outra coisa que marxistas desconhecem, é o próprio marxismo, a maioria dos marxistas desconhecem a intenção de Marx ou inventam "conceitos" que não existem, é por essa razão que marxistas nunca se entendem.


Vou fazer dois comentários a respeito da questão, um sobre a situação real, e outro supondo que seja verdade o que o marxista disse.

1. Não, David Ricardo não postulou nada disso, marxistas alem de ignorantes economicamente falando são desonestos, criam mentiras e saem por ai a propaga-las como se fossem verdades. É o caso por exemplo da "mão invisível" que eles inventaram que "controla o mercado", sendo que isso jamais foi dito por Adam Smith como já demonstrei.

Ricardo era defensor das leis de mercado, evidentemente ele nunca foi favorável a que não existissem leis para regulamentar essa área, alias, era uma preocupação do governo britânico da época com as necessidades básicas dos trabalhadores determinadas em lei, obviamente respeitando as circunstâncias econômicas da época.

Ricardo em termos de salários trabalhava com dois conceitos entrelaçados:
- o salário de subsistência.
- o salário de mercado.

a) O salário de subsistência era o que chamamos atualmente de "salário mínimo", ou seja, o mínimo que o trabalhador deveria ganhar para se sustentar.
Isso existe não para ferrar o trabalhador mas sim para protegê-lo.
Ricardo dava grande ênfase que este salário era variável de nação para nação e dependia em especial de dois fatores, da produção da agricultura e das condições sociais da nação, em condições de equilíbrio em uma nação A o salário de subsistência seria diferente de uma nação B.
Isso existe até hoje na Inglaterra, existe o salário mínimo (salário de subsistência) na Inglaterra, só que, o salário mínimo da Inglaterra é muito maior do que o salário mínimo da Espanha ou do Brasil.

b) O salário de mercado, seria sempre maior que o salário de subsistência, e dependeria da escassez de trabalhadores ou do aquecimento da produção, ou seja, dependeria da lei da oferta e procura, se existisse grande necessidade de trabalhadores o salário aumentaria.
Para Ricardo em condições de equilíbrio os dois tipos de salário tenderiam a se igualar, lembrando sempre que o valor desse salário seria variável de nação para nação.

2.
a) A história já desmentiu a frase de Marx de que "a história é luta de classes", este desmentido ocorreu na Primeira Guerra Mundial quando os "intelectuais" marxistas tinham absoluta certeza que os operários (proletários) de todas as nações quando tivessem com as armas nas mãos se uniriam para lutar contra a burguesia como um todo, pois como Marx havia dito no Manifesto - "os proletários não tem pátria".
Isso não aconteceu, os proletários de cada nação lutaram junto com as respectivas burguesias contra as nações inimigas, os proletários desmentiram Marx também neste item, eles tinham pátria sim.

b) Alem disso, a história está cheia de exemplos que os grandes fatos históricos são traçados por indivíduos e não por classes, Alexandre o Grande, Cipião Africano, Cesar, Cristo, Maomé, Buda, Cristóvão Colombo, Newton, Napoleão, Einstein, Freud, Hitler, Gandhi, Churchill, etc, foram homens que influíram decisivamente na história.
A mais longa civilização da história humana, a do Egito dos faraós, que durou 5 mil anos, por toda a sua existência manteve a sua estrutura social sem nenhuma luta de classes, e essa civilização só terminou quando Alexandre o Grande conquistou o Egito e acabou com a dinastia dos faraós.

c) A busca do menor preço a ser pago (salário) por um trabalho não é luta de classes, só um marxista desesperado por achar um sentido para as loucuras do marxismo poderia imaginar isso.
Se um torneiro mecânico que trabalha em uma fábrica (proletário) precisar de um serviço de encanador em sua casa, e for contratar os serviços de um encanador, ele vai tentar pagar o menor salário possível para o encanador... isso é uma lei econômica. Se o mesmo encanador precisar contratar os serviços de um pedreiro para reformar a sua casa ele vai discutir o máximo possível com o pedreiro para diminuir o salário dele pelo trabalho.
Isso nada tem a ver com luta de classes.
É claro que o dono de uma fábrica irá tentar pagar o menor salário possível para os trabalhadores, para diminuir custos (essa é uma noção que marxistas não fazem a menor idéia do que seja), mas, apesar da vontade do dono da fábrica isso não depende apenas dele, depende do mercado e das leis que a nação faz para proteger o trabalhador.


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