Depois de 75 anos de doutrinação ideológica aplicada pelos
"intelectuais" marxistas nas universidades do EUA eles conseguiram
mudar o "senso comum" de mais da metade do povo do EUA, o resultado
dessa persistente ação são os politicamente corretos, pessoas que
inconscientemente defendem dogmas do marxismo sem terem consciência disso,
querem "transformar o mundo" como Karl Marx disse que deviam.
A ação dos politicamente corretos em todos os ramos da
sociedade ocidental é o que Gramsci chamou de "hegemonia" - que é uma sociedade
onde a maioria da população pensa e age de forma semelhante, defendem as mesmas
coisas e são contra as mesmas coisas.
Todo politicamente correto é contra o cigarro e a favor da
"descriminalização" das drogas...
Os politicamente corretos do EUA pouco a pouco dominaram o
Partido Democrata e com ele conseguiram eleger Obama para presidente do EUA.
Obama tem como mentor um "think tank" socialista de
Chicago (Center for American Progress) que pensa por ele e determina suas ações, por isso as ações de Obama
são na direção de "transformar o mundo" e de punir os
"maus".
http://washingtonexaminer.com/obamas-favorite-think-tanks-ingenious-plan-to-end-chicago-gun-violence/article/2522338
http://www.americanprogress.org/
http://washingtonexaminer.com/obamas-favorite-think-tanks-ingenious-plan-to-end-chicago-gun-violence/article/2522338
http://www.americanprogress.org/
Com essa mentalidade o EUA apoiou e financiou ações de
"rebeldes" na "primavera árabe", na Líbia o EUA ao lado da
França tiveram ação direta nos destinos da guerra civil quando bombardearam a
Líbia, destruíram a capital Trípoli e colaboraram diretamente com o assassinato
de Kadafi, tudo em prol "dos bons".
Trípoli, capital da Líbia
sendo bombardeada pelos politicamente corretos
Na Síria o EUA, junto com seu grande aliado árabe, a Arábia
Saudita, mais a França novamente, estimularam o início das atividades de
"rebeldes" e os financiaram com dinheiro e armas, para fazer isso
usaram outra aliada, a Turquia, através da fronteira turca os
"rebeldes" sírios recebem grande ajuda externa sem a qual não teriam
a menor chance de luta.
EUA e França pleitearam na ONU a autorização para bombardear
a Síria, mas, na Síria tiveram a oposição da Rússia e da China que bloquearam a
autorização da ONU para que bombardeassem a Síria, sem essa autorização e com a
vinda a público que até a Al Kaeda estava entre os "rebeldes"
ajudados pelo EUA o apoio na ONU a favor dos "rebeldes" diminuiu e a
ajuda diminuiu, o que propiciou ao governo Sírio a retomada de posições e se
aproxima da vitória contra os "rebeldes".
Após essa derrota Obama se voltou para a Ucrânia e usou a
Europa para desestabilizar a Ucrânia, Obama fez com que a Europa oferecesse a
Ucrânia benefícios comerciais para que ela se aliasse a UE e posteriormente a
OTAN, com a qual o EUA poderia cercar a Rússia com seus mísseis apontados para
a Rússia de dentro da Ucrânia, porém, a Ucrânia tem sua história vinculada a
Rússia, a Rússia reagiu contra a proposta europeia e ofereceu a Ucrânia
melhores condições comerciais, o governo ucraniano recusou a oferta da Europa e
aceitou a oferta russa...
Em vista desse revés Obama partiu para a solução de
"rebeldes" e "manifestações" dentro da Ucrânia, por meses
tais manifestantes tomaram a principal praça de Kiev, capital da Ucrânia, e
maledicências diversas começaram a surgir contra o presidente ucraniano (que se
tivesse aceito a oferta da Europa com certeza não apareceriam), e mesmo com a
aceitação pelo presidente de nova eleição não arredaram pé da praça, começaram
a ocorrer atentados que foram de forma mentirosa e sem provas atribuídas ao
governo ucraniano que acabou caindo devido a um golpe de estado que tirou o
presidente eleito do governo.
A essa evidente ruptura da ordem institucional devido a ação
externa na Ucrânia a Rússia reagiu e ocupou a Criméia, uma região que sempre
pertenceu a Rússia e que com o fim da URSS equivocadamente passou a pertencer
para a Ucrânia.
Além disso, a situação no leste da Ucrânia, de maioria
russa, se complicou e os anseios de separação da Ucrânia apareceram, uma guerra
civil de instalou na Ucrânia...
Esse foi o trágico resultado da ação dos
"transformadores do mundo" liderados por Obama na Ucrânia.
Durante a crise da Crimeia, Putin, demonstrando um grande
conhecimento da personalidade e da motivação dos politicamente corretos
norte-americanos e europeus disse o seguinte:
"Nossos parceiros
ocidentais, liderados pelos EUA preferiram não se guiar pela lei internacional
em suas políticas, mas pela lei do mais forte.
Eles passaram a
acreditar na sua excepcionalidade e na crença de que são os escolhidos.
Eles não podem decidir
os destinos do mundo, que apenas eles estão certos".
Em vista dessa concepção da realidade somos levados a crer
que Putin tem uma perfeita percepção do que ele está enfrentando!
Essa ação "transformadora do mundo" dos
politicamente corretos do EUA e da Europa, que na verdade é desejo de poder
através da "condução" da "transformação" das nações sob a
tutela deles - os "sábios" que sabem o que é certo para a humanidade,
despertou a contra ação da Rússia e da China que buscaram a união da Ásia para
fazer frente a essa ofensiva do EUA e Europa.
CICA - Uma nova organização asiática para segurança
Disso surgiu uma nova estrutura de
cooperação para a segurança na Ásia que inclui a Rússia, a China, o Irã,
possivelmente a Síria, e que, no futuro também espera contar com Japão, Coreia
do Sul, Vietnã e todas as demais nações da Ásia.
Rússia e China acabaram de assinar um grande acordo
comercial para fornecimento de gás russo da Sibéria para a China, com esse
acordo os laços entre Rússia e China ficam mais fortes, e a Rússia não ficará
mais presa ao seu maior cliente de gás na atualidade que é a Europa, para a
Europa esse acordo é muito ruim pois com ele a Rússia tem alternativas
comerciais para o seu gás e poderá negociar mais livremente os preços do gás
que fornece para a Europa.
http://thediplomat.com/2014/05/china-and-russia-sign-massive-natural-gas-deal/
http://thediplomat.com/2014/05/china-and-russia-sign-massive-natural-gas-deal/
Perfila-se um bloco "oriental" para se contrapor
ao bloco "ocidental", uma estrutura estratégica que nunca existiu
antes no mundo.
Uma nova definição de forças para o século XXI
Este será, ao que tudo indica, o cenário que vai dominar a
política mundial no século XXI.
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