No seu Blog da Revista Veja de hoje Rodrigo Constantino fez
um artigo temático sobre a "esquerda" e "direita", é uma
artigo excelente, como quase sempre o são.
Fiz um comentário no artigo e vou colocar ambos a seguir.
O artigo está em:
Tea Party e Estado Islâmico: ambos de direita?
Cacá Diegues: a velha esquerda que se finge moderna
Há rótulos que podem
confundir mais do que elucidar. Não sou daqueles que pensam que direita e
esquerda são conceitos ultrapassados – e normalmente quem diz isso defende a
esquerda. Mas é preciso tomar cuidado, pois tem muita gente que manipula tais
conceitos para vender uma falsa dicotomia, de que a esquerda se preocupa com o
social, enquanto a direita representa o que há de mais fundamentalista,
reacionário e tacanho.
Em sua coluna de hoje
no GLOBO, o cineasta Cacá Diegues, que é de esquerda, comparou os três
candidatos principais à Presidência, para constatar que nenhum deles é de
direita (mesmo?). Celebrou o fato de que temos uma hegemonia de esquerda na
política nacional. E vejam só o que ele considera ícones da tal direita:
“Nossos
presidenciáveis se proclamam todos agentes da “mudança”, termo mágico dominante
nessas eleições, usado tanto por quem já se encontra no poder, quanto por quem
deseja assumi-lo. Nenhum dos três principais candidatos é tipicamente de
“direita”. Apesar de a direita ter aprendido a ser um pouco mais sofisticada,
parece que a lembrança do pesadelo dos tempos de ditadura está nos livrando
dela. Podemos até encontrar, nos programas tão semelhantes dos três, algum
ponto que nos desagrade; mas direita mesmo, para valer, são a família Le Pen na
França, o Tea Party nos Estados Unidos, o Estado Islâmico no mundo árabe, e por
aí afora.”
Entenderam? Direita,
para ele, é o regime militar que tivemos, com Geisel sendo quase tão
estatizante como Dilma. Ou então a família francesa Le Pen, com um discurso de
ódio contra imigrantes, ao lado do Tea Party e, pasmem!, do Estado Islâmico no
mundo árabe – aquele com o qual Dilma acha que devemos dialogar, enquanto
degolam cabeças por aí. Isso é direita para o cineasta de esquerda.
Tamanho absurdo pode
ser fruto apenas da ignorância? Confesso desconfiar da má-fé. Quem colocaria o
Tea Party ao lado do Estado Islâmico assim, sem mais nem menos, além de alguém
com a clara intenção de cuspir nos libertários americanos? Quer dizer que Ron
Paul, que esteve no Brasil recentemente, teria algo a ver com os malucos
assassinos do ISIS?
Cacá Diegues está
certo em uma coisa: só dá esquerda em nossa política, ainda que existam
diferenças importantes entre um PT e um PSDB, bem mais civilizado e
democrático, e que aceita mais os valores do liberalismo. Mas por que ele não
fala de uma direita como aquela representada por gente como Ronald Reagan ou
Margaret Thatcher? Ou mesmo nosso falecido e saudoso Roberto Campos? Diz
Diegues:
“Segundo Raymond Aron,
a opção na política não tem nada a ver com a luta entre o bem e o mal, ela se
dá entre “o preferível e o detestável”. O fim da Guerra Fria nos libertou da
dualidade inexorável que aprisionava a inteligência humana em padrões
absolutos. Hoje, estamos livres para seguir os diversos rumos de pensamento
capazes de nos explicar as coisas. Não temos mais a rede de segurança da
potência e da ideologia que apoiamos, temos que escolher por nossa própria
conta. Eis aí a virtude e o problema do século 21.”
Notem como ele se
sente aliviado com o fim da Guerra Fria por não precisar mais ficar
“aprisionado” em padrões absolutos. Mas será que ele ignora o claro fato de
que, na Guerra Fria, havia um lado evidentemente muito melhor, o capitalista
liberal, ou seja, o de direita? O próprio Raymond Aron, por ele citado, era
atacado pelo outro lado, o marxista autoritário, que desprezava a democracia e
a economia de mercado. Era o lado esquerdo.
“Livre” das prisões
ideológicas de esquerda ou de direita, hoje podemos escolher por nossa própria
conta, celebra o cineasta. E ele, claramente, escolheu nostálgico a velha
esquerda, precisando atacar de forma desonesta tudo aquilo que é de “direita”,
como os liberais, os libertários, os conservadores e, naturalmente, os terroristas
islâmicos. É mole?
Rodrigo Constantino
Comentário:
A esmagadora vitória do marxismo “cultural” na sociedade
ocidental mudou o senso comum e transformou a política em uma dicotomia!
Não podemos negar o grande mérito estratégico dos
“intelectuais” marxistas no seu “trabalho” incessante, contínuo, obcecado,
insano, por mais de 70 anos, para mudar o senso comum!
Esse trabalho iniciou-se nas universidades da área de
humanas, e delas, através de formação contínua de duendes, em especial nas
faculdades de jornalismo, artes, sociologia, história, geografia, psicologia,
direito, economia, pedagogia, serviço social, etc, para toda a sociedade, hoje
em dia tudo que se refere a informação, até mesmo a Wikipédia, a enciclopédia
“livre”, grandes jornais, organizações como a OAB, FMI, ONU, tudo, está
dominado pelas crias do marxismo “cultural”.
E dentre as várias vitórias esmagadoras na área “cultural”
está a criação de um “conceito” que se tornou indiscutível: a política é feita
por duas facções: esquerda e direita; ou progressistas e conservadores.
Os “intelectuais” marxistas conseguiram criar a “luta de
classes” na sociedade ocidental: proletários versus burgueses.
E ai disseminaram o estigma:
Tudo que vem da esquerda é bom.
Tudo que vem da direita é mau.
No EUA eles conseguiram transformar o Partido Democrata em
esquerda "liberal", e o Partido Republicano em direita conservadora…
ai ficou fácil tomar o poder diante da ignorância que domina a massa.
Bachelet, Hillary, Kitchner, Lagarde, Marta, Merkel
Mulheres "liberais", de esquerda, assumiram o poder,
muitas mais virão, irão governar a sociedade ocidental,
No Brasil foram ao exagero, extirparam qualquer vestígio de “direita” e foram obrigados a transformar FHC em direita!
E já estão ensaiando colocar a tarja de direita na testa de
Marina a associando aos bancos.
Seja quem for o vencedor...
Nada vai mudar, o Brasil está grudado ao seu ignorante presente
Em um Brasil onde a maior parte da população não sabe ler e
escrever seus semelhantes no poder não vão deixar nunca o poder seja quem for
que lá estiver.
O Brasil deixou de ser o país do futuro, o Brasil não tem
futuro, está grudado ao seu ignorante presente e isso vai durar
indefinidamente.
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário