7 de outubro de 2015

Manifestações - um caminho para a anarquia

Toda manifestação que imponha aos demais os seus manifestos é ilícita.
É uma ação despótica.


Se um grupo de pessoas quer, por exemplo, adaptar uma oficina mecânica para todas as quintas-feiras a noite irem nesse local rezar ou cantar eles estão em pleno direito, mas, no momento em que eles deixam de restringir apenas ao local em que estão os seus cânticos, e passam a usar auto falantes, e ai todos os vizinhos são obrigados a ouvi-los, estão praticando um ato ilícito.

Os grupos de ativistas políticos e sociais não tem o direito de sair pelas ruas gritando suas reivindicações, as pessoas não são obrigadas a ouvi-los, menos ainda tem o direito de bloquear uma grande avenida e parar o trânsito impedindo o direito soberano das pessoas de ir e vir, isso é despotismo, nada tem a ver com democracia.

Eles podem até, se conseguirem um canal de TV, colocar na programação desse canal as suas reivindicações, palestras, cultos ou propagandas, quem não quiser saber delas não liga nesse canal, mas, usar o espaço público para fazer isso não podem, ai tiram a opção dos demais de livre arbítrio, pois as pessoas para se locomoverem tem apenas o espaço público das calçadas e ruas.

As religiões tem o direito de receber seus crentes em suas igrejas e nelas fazerem seus cultos, mas, as religiões não tem o direito de sair pelas ruas em andanças e procissões, as pessoas que estão no espaço público não são obrigadas a ver tais coisas nem serem impedidas de circular pela via pública por causa delas.

Pela mesma razão ninguém tem o direito de sair pelas ruas carregando algum objeto emblemático ou religiosos para demonstrar seu protesto por alguma coisa.

Se alguém quer fazer uma manifestação áudio visual grave um vídeo e o coloque no YouTube, e ai quem estiver interessado assisti, quem não estiver interessado não assisti.
Pode também fazer um blog e quem estiver interessado vai ler.
Mas, jogar panfletos pelas ruas não deveria ser permitido.

Políticos não tem o direito de sair pelas ruas em campanha com seus carros de som gritando suas promessas, ninguém é obrigado a ouvi-los.
Na TV eles podem ter seus programas, quem não quiser ver é só desligar a TV.

Vendedores ambulantes são ilícitos, mesmo que paguem imposto, porque usam o espaço publico em proveito econômico próprio.
Na rua principal de comércio da minha cidade, que anos atrás era muito agradável para se passear, hoje tem suas calçadas cheias de ambulantes sentados no chão com seus tapetes cheios de bugigangas para vender, e se precisa andar com cuidado para não pisar neles, isso não é democracia.
Alguns ficam com seus carrinhos de lanche na rua exalando o cheiro das suas frituras, ninguém deveria ser obrigado a sentir tais cheiros em espaço público. Se querem ser comerciantes deveriam abrir suas lojas e não usar a rua para comércio.

Temos ouvido muitas críticas as redes sociais e em especial ao Facebook, até já foi comparado ao inferno, mas, é muito simples, quem não gosta do Facebook que não entre no Facebook.
Se tenho um amigo do qual não gosto de ver as publicações, simplesmente deixo de o seguir e não vejo mais.
Existe o direito de livre arbítrio.
Mas, o Facebook colocar publicações comerciais em nossa Linha do Tempo, isso já é um despotismo, ninguém deveria ser obrigado a vê-las, mas, nas regras do Facebook está escrito que ele pode fazer isso... então, quem não quiser ser submetido ao despotismo do Facebook não entre nele, tem essa livre opção.

As TVs tem todo o direito de fazer propagandas, sem elas não existiria a TV, quem não quiser vê-las mude de canal na hora da propaganda, mas, embutir propaganda em novelas e programas esportivos para promover camufladamente produtos ou criar artificialmente uma imagem de "craque" é desonesto e não deveria existir, e a única opção do telespectador para não ser submetido a isso é não ver TV, o que é despotismo, pois a TV usa espaço público, no caso das TVs abertas, mas, mesmo nas TVs fechadas isso é discutível.

E o maior ilícito, professores embutirem nas suas aulas os seus valores pessoais ideológicos como se fosse parte da matéria e expô-las para os jovens alunos ainda despreparados para entender tais coisas é uma ato ilícito, além de ser canalhice.
Um professor de História deveria ensinar apenas História, ele não tem o direito de embutir em sua aula a sua ideologia ou valores pessoais, em todas as matérias e em todos os níveis escolares isso não deveria existir.

Porém, na atualidade, em nome da "democracia" todas essas coisas correm soltas na sociedade, porém, isso jamais foi democracia.
Na democracia o direito de um vai até onde inicia o direito do outro.


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