Na sociedade humana ocidental surgiu uma obsessão ideológica no
século XVIII a partir das ideias de Rousseau que associou o comportamento
humano a influência que cada sociedade exerce sobre os indivíduos.
"Que saiba que o homem é naturalmente bom, que o sinta, que julgue o seu próximo por si mesmo, mas que veja como a sociedade deprava e perverte os homens;".
Palavras de Rousseau em seu livro Emílio.
"Que saiba que o homem é naturalmente bom, que o sinta, que julgue o seu próximo por si mesmo, mas que veja como a sociedade deprava e perverte os homens;".
Palavras de Rousseau em seu livro Emílio.
A alegação de Rousseau é que os humanos nascem bons e é a
sociedade que os corrompe...
Em todas as sociedades humanas conhecidas, desde os
egípcios, passando pelos persas, gregos, romanos, turcos otomanos, árabes, japoneses,
chineses, coreanos, russos, astecas, incas, espanhóis, portugueses, ingleses,
norte-americanos, alemães, etc, a norma são conflitos de toda ordem, guerras,
opressão entre nações, e mesmo entre indivíduos os conflitos e ações
"maldosas' de toda ordem sempre aconteceram.
O que temos então?
Temos que o lugar comum entre os seres humanos, em todas as
sociedades, desde 7 mil anos atrás é o conflito de toda ordem e onde os
indivíduos desrespeitam os bons padrões morais da sociedade e agem com
"maldade".
Então, se formos apontar a cultura como responsável por essa
falta de boa moral nos humanos teremos que culpar - a todas as sociedades que já existiram na humanidade!
Se formos culpar a
cultura e os costumes das sociedade então não existiu uma que prestasse, todas
são culpadas por distorcerem as virtudes morais dos bondosos humanos de
Rousseau...
Entretanto, o interessante é que se formos pegar o que
ensinavam os professores da antiguidade ou de qualquer época, como os filósofos
gregos por exemplo, ou os mestres chineses, ou os monges cristãos ou budistas,
ou os filósofos europeus da Idade Moderna, que são as mentes determinantes de
cada uma dessas culturas - nunca nenhum
deles jamais pregou o mal!
Será que Platão e Aristóteles, mentes determinantes do
cultura grega, pregaram o mal?
- Não, todos sabemos que os filósofos gregos não pregavam o
mal.
Então, por que na Grécia existiram maldades de toda ordem se
por toda a existência dessa cultura os mestres gregos não pregaram o mal?
Como vamos culpar a cultura da sociedade grega que nunca
pregou o mal pela maldade dos gregos?
Na minha opinião isso é um absurdo!
Os professores nas escolas brasileiras ao longo da nossa
história, elementos fundamentais na formação da nossa cultura, pregaram o mal?
Ao longo da história do Brasil as nossas músicas e cantigas
antigas, as nossas histórias, os nossos escritores e compositores, as nossas
poesias, as nossas festas, ou seja, o nosso folclore, todos formadores da nossa
cultura pregaram o mal?
Me parece que não!
Talvez alguém possa colocar a culpa nas TVs, mas, a TV é
algo recente, surgiu a 40 anos atrás e a "maldade" humana existe
desde sempre.
Então de onde os defensores de que a cultura é a culpada
pela "maldade" das pessoas tiraram a sua opinião?
- Não se sabe de onde!
Uma vez que nenhum elemento cultural prega a maldade.
Esse ideia é fruto de uma ideologia.
A ideologia por trás
desse "conceito" que não se funda em fatos
Esse "conceito" de que a cultura da sociedade é a
culpada pela maldade de seus cidadãos não existiu por toda a história humana,
ela começou a existir a partir do momento em que os humanos começaram a
melhorar de vida, a ter excelente qualidade de vida, conforto, foi nos últimos séculos
que apareceram ideologias "salvadoras" que pretendem "educar"
o ser humano para que ele seja bom.
Já que é a cultura a culpada, vamos "educar" o ser
humano a ser bom pensaram os "salvadores da humanidade"!
E passaram a criar leis de toda ordem para obrigar as
pessoas a serem bons.
O "conceito" de que a cultura é a culpada foi inventado pelo marxismo, o marxismo diz que a "burguesia" impõe sua dominação sobre os proletários através da "cultura burguesa", por isso disseminaram nas universidades de humanas, onde os "intelectuais" marxistas são maioria, o "conceito" de que a maldade humana é causada pela sociedade, com isso querem legitimar o dogma marxista da dominação "burguesa" na sociedade.
O "conceito" de que a cultura é a culpada foi inventado pelo marxismo, o marxismo diz que a "burguesia" impõe sua dominação sobre os proletários através da "cultura burguesa", por isso disseminaram nas universidades de humanas, onde os "intelectuais" marxistas são maioria, o "conceito" de que a maldade humana é causada pela sociedade, com isso querem legitimar o dogma marxista da dominação "burguesa" na sociedade.
Os maiores exemplos dessa forma de pensar foram os
revolucionários da revolução francesa de 1789, esta revolução é sempre citada
como iniciadora dos anseios de "liberdade e fraternidade", só que
eles próprios, em nome dessa ânsia deceparam 4 mil cabeças de seres humanos em
uma das matanças mais sangrentas da história humana!
Essa foi a "fraternidade" que a revolução francesa praticou
4 mil cabeças decepadas na guilhotina...
É essa a moral dos "bons" quando tomam o poder
4 mil cabeças decepadas na guilhotina...
É essa a moral dos "bons" quando tomam o poder
Ou seja, os grandes defensores da cultura como culpada pela maldade humana usaram de maldade extrema decepando 4 mil cabeças humanas em nome da suposta "fraternidade"!
E ao longo da história humana depois disso se sucederam as
matanças em nome dessa ideologia da "igualdade" e da fraternidade"
em diversas nações do mundo.
Um exemplo espetacular dessa raça de gente foi Che Guevara,
que em nome da "bondade" em nome da sua "nobre e
humanitária" causa fuzilou muita gente de forma covarde, Guevara foi um legítimo
herdeiro dos "humanistas" da revolução francesa decepadores de
cabeças, vejamos um discurso dele:
A natureza humana
Os seres humanos não pedem para nascer, são colocados no
mundo, e quando caem no mundo percebem que o mundo é um lugar muito agressivo,
quando a 10 mil anos atrás um humano nascia ele corria o risco de logo ser
devorado por um predador, uma vez que os humanos viviam nômades e ainda não
tinham criado civilização e proteção dos muros da cidade, mesmo depois, dentro
dos muros das cidades, o mundo continuava do mesmo jeito.
Os humanos tiveram que se adaptar a essa realidade e na
escuridão da África o medo era uma constante, e milhares de anos vivendo nessas
condições deixaram marcas indeléveis na mente dos humanos.
Na atualidade, ou de 200 anos para cá, com a melhoria da
qualidade de vida, muitos humanos estão distantes dessa vida real em que a
humanidade viveu por milhares de anos, e isso fez surgir muitos humanos que se
esqueceram desse passado e passaram a viver em um mundo fora da realidade. Hoje
existem humanos que abraçam árvores como se abraça um ente querido... uma clara
distorçam da realidade.
Porém, cada ser humano tem um DNA diferente dos demais, e
isso dá a cada ser humano diferenças fundamentais dos demais em talento,
capacidade, vontade, e tb, em critérios morais.
Não é a cultura e costumes que determina a moral de um ser
humano, é o seu DNA, o seu interior, e seu passado como espécie.
Da mesma forma que Picasso foi um ser único na pintura e não
existiu nenhum ser humano igual a ele, existem seres humanos cuja moral, ou
ética, ou dignidade, é diferenciada.
Em uma cultura como a do Irã, muçulmana, onde a imposição
cultural é imensa, existem pessoas que não se submetem a essa cultura e se
recusam a adotá-la.
Em uma favela onde todas as pessoas são submetidas ao mesmo
dia-a-dia, a mesma cultura, vão na mesma escola, etc, existem pessoas que se
tornam traficantes, e existem pessoas que não se tornam traficantes.
Se fosse a cultura que determinasse a moral das pessoas
todos nessa favela deveriam ser iguais moralmente, porém, não são.
Cada ser humano tem dentro de si o que Freud chamou de
"Superego", que se interpõe aos anseios do "Id" e do
"Ego", o superego é um "juiz" moral dentro de cada ser
humano que pode determinar as suas ações. Ego e Superego estão em constante
conflito dentro de nós, sabemos desse conflito, quem já não ficou indo de um
lado a outro mentalmente com relação a uma situação onde entra a moral? o
resultado desse conflito determina nossas ações no que tange a moral.
Exemplos dessa realidade existem aos milhares, mas, o que
move os que acham que a cultura é a responsável pela "maldade" humana
não tem sua opinião norteada pela razão e pela evidência empírica, são
norteadas pelo forte desejo que possuem de que a humanidade seja boa e fraterna
- é uma ideologia, uma ilusão.
Vamos usar a Bahia como um exemplo, por favor, é só um
exemplo, poderia usar qualquer outro estado do Brasil, a Bahia tem uma cultura
e costumes bem peculiares, até a roupa das baianas é típica apenas delas, mas,
podemos garantir que todos os baianos vão agir da mesma forma diante da mesma
situação moral? Acredito que não. Quando se trata de futebol por exemplo (eu
poderia usar muitos outros exemplos), os torcedores do Vitória e do Bahia tem
avaliações morais diferentes sobre o juiz de uma partida entre ambos...
Se fosse a cultura que definisse a avaliação moral todos
deveriam avaliar o juiz moralmente da mesma forma, mas, não, os torcedores do
Vitória, ou do Bahia, avaliam o juiz moralmente segundo sua paizão pelo time e
não segundo sua cultura.
Mas, nem diante deste fato concreto de que os baianos
torcedores do Vitória ou do Bahia, mesmo sendo pertencentes a mesma cultura, usam
uma moral diferente para avaliar o juiz de uma partida entre seus times, os
defensores da tese "cultural" como causa da 'maldade" humana não
arredam pé de suas opiniões, parecem estar "cegos", nada veem que
demonstre que a tese que defendem não se funda em fatos.
Sobre a sociedade ser a origem da moral
Uma coisa é dizer que "sem um grupo e sua orientação de certo e errado, não há moral, já que ela é observada a partir da ação dentro de um contexto e em relação a um outro externo a nós.".
Quanto a isso podemos afirmar que, sim, é no grupo, ou na
sociedade, que aparece a noção de certo e errado moralmente falando, isso não
resta dúvida!
Outra coisa bem diferente é dizer que é a orientação do
grupo, ou da sociedade, que deprava e perverte os membros do grupo como
Rousseau disse..
Nenhum agente da cultura ou costumes do grupo ou da
sociedade democrática orienta seus membros para serem depravados e
pervertidos...
Então,
culpar a sociedade pela perversão de seus membros é um absurdo que apenas uma
ideologia cega pode imaginar.
Em situações de crise
é que vamos ver claramente a moral das pessoas!
A cultura e costumes pode fazer as pessoas agirem segundo
ela em condições normais, mas, em situações de crise, onde afloram amor, ódio,
inveja, ciúme, desejo sexual, cada pessoa age de acordo com o seu padrão
interno de moral, definido pelo seu DNA.
Uma pessoa com ciúme age moralmente de acordo com as reações
típicas do ciúme, em qualquer cultura o que vai determinar a ação da pessoa é o
ciúme e não a cultura, assim é para a inveja, ódio, ou desejo sexual.
Vou citar um exemplo
recente, o naufrágio do navio italiano de turismo, o Costa Concórdia.
Nele estavam pessoas de várias partes do mundo, ou seja, de
várias culturas diferentes, antes do naufrágio todos agiam de forma cortês e
sem desvio moral, porém, na hora do naufrágio, segundo relatos que confirmei,
aconteceram cenas degradantes no aspecto moral, crianças e velhos foram
pisoteados, pessoas saudáveis usaram de força para entrar nos barcos para se
salvarem, e o próprio capitão do navio cuidou de salvar a sua pele em vez de
orientar os trabalhos de salvamento.
Mas, mesmo diante desse exemplo claro de que não é a cultura
o fator determinante da 'maldade" humana existem aqueles que continuam de
forma arraigada presos aos seus desejos de fraternidade!
No navio existiam pessoas de todo o mundo, árabes,
japoneses, americanos, italianos, russos, etc, a maioria deles não agiu
moralmente em função da cultura de sua sociedade, agiram em função do seu medo,
mesmo assim existe pessoas que continuam a achar o contrário o contrário!
O que podemos acrescentar é uma pergunta: algum dos agentes culturais da sociedade ensina que as pessoas devam pisotear crianças e velhos para se sakvarem em um naufrágio?
Não, não ensinam isso.
O que podemos acrescentar é uma pergunta: algum dos agentes culturais da sociedade ensina que as pessoas devam pisotear crianças e velhos para se sakvarem em um naufrágio?
Não, não ensinam isso.
Existe uma frase que mostra o que move as pessoas que mesmo
diante das evidência empíricas continuam firmemente defendendo seus desejos de
que o ser humano seja bom:
"Eu tenho muita esperança na humanidade e esse tipo de
pensamento julgador...".
Ou seja, não se trata para essa pessoa de ter uma discussão
para chegar mais perto da verdade, não, se trata de um desejo dessa pessoa,
mais ainda, se trata de uma esperança, de um sonho idealista, é isso que a
move.
Isso se chama ideologia, não é a razão que move as
ideologias, é a ilusão na esperança de "um mundo melhor" ... e tais
pessoas não vão mudar nunca de opinião, pois para elas esse desejo é um valor,
um valor moral que as coloca em um outro plano, em um plano daqueles que querem
a "fraternidade" mesmo diante da realidade.
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