1 de janeiro de 2013

O réveilion está morrendo .... estão parindo a "virada" !


Durante séculos a passagem de um ano para o ano seguinte foi chamada de "véspera de ano novo" (em francês “réveillon de la saint-sylvestre”), ou, o nome mais comum que era usado - "réveillon" - uma palavra francesa que em português quer dizer "véspera", ou seja, era a "véspera do ano novo".

Desde muito tempo atrás até o final da década de 1960 no Brasil o réveillon era festejado com um baile (palavra quase desconhecida atualmente), o chamado "baile de réveillon" (em inglês "New Year's Eve Ball") que era realizado nos "clubes" sociais das cidades,, nele as pessoas iam com as famílias, inclusive crianças, e a "orquestra" (palavra também quase desconhecida atualmente) tocava as músicas típicas de ano novo e todos se punham a dançar alegremente, a meia-noite champanhes eram abertas e brindes eram feitos entre todos e depois continuava o baile até de madrugada.

Isso tudo é passado, na segunda metade do século XX isto foi pouco a pouco desaparecendo ... em especial no Brasil o que rola atualmente é funk, axé, sertaneja e forró, que nada tem a ver com o que existia antes e dão nome a festa  (devo ressaltar que não tenho nada contra tais ritmos nem contra quem gosta deles, dos 4 o único que não curto é funk)..
Os antigos “clubes” que existiam nas cidades onde os bailes eram feitos a maioria fechou ou virou igreja evangélica, tal qual os cinemas.

O baile de réveilion foi extinto por ser uma coisa da "burguesia"....
A suposta "burguesia" é a origem do maior ódio ideológico que a humanidade já teve a desgraça de ter.
O baile de réveilion era uma festa familiar, era uma festa onde as famílias da cidade se reunião para festejar, e em sendo familiar, devia ser destruída, por ser "burguesa", na visão da ideologia socialista dos “intelectuais” marxistas.

E os "intelectuais" marxistas, a ralé da humanidade, grandes inventores de novas palavras para designar coisas que já tinham nomes, mas, nomes "burgueses" que eles querem destruir, inventaram um novo nome para a passagem de ano .... agora o nome é "virada".

O uso dessa palavra começou a ser aplicado de cima para baixo, não surgiu do povo, ou seja, surgiu na midia, para ser incutida no senso comum do povo, e na passagem de 2012 para 2013 o seu uso foi exaustivamente repetido na midia.

O "burguês" réveilion está para sempre retirado de uso, um novo nome surge com toda força - enfiado dentro da cabeça das pessoas como carne de linguiça....
É mais uma "ação doutrinária" da "praxis" marxista "cultural" que se infiltra no senso comum das pessoas.

No lugar do baile de réveilion foram colocadas festas de massa, nas cidades litorâneas são feitas nas praias (na capital de São Paulo é na Av Paulista), onde milhões de pessoas vão ver apresentação de artistas e queima de fogos para as pessoas verem e ficarem maravilhadas.
Na verdade, na passagem do ano, as pessoas se transformaram em espectadoras... não são mais as protagonistas da festa.  Pensam que são, mas não são, apenas ficam olhando o que alguém quis que olhassem, o que podem fazer é pular (de alegria) e beber muita cerveja, alem de sexo naturalmente, pois sexo cabe em qualquer condição.
No dia seguinte os lixeiros tem que tirar montanhas de lixo dos locais, a maior parte dele são latinhas de cerveja.


Mas, como tudo nessa ideologia estúpida, a palavra “virada” é inadequada, não existe nenhuma "virada".

O verbo "virar", segundo o dicionário Aurélio, quer dizer:
- Inverter a direção ou a posição de; volver, voltar:  
- Pôr do avesso, voltar (o lado interior) para fora; revirar:
- Pôr em posição contrária àquela em que se encontrava:
- Despejar, bebendo; entornar:
- Fazer dobra em; dobrar:  
- Dar a volta a; dobrar, tornear, circundar, voltear, quebrar:  
- Fazer girar em torno de um eixo.

Ou seja, nada a ver com a véspera de um novo ano, nem tampouco com a passagem de um ano para outro que não é "virar", "voltar", "inverter a direção", "posição contrária" ou "dobrar".
O planeta Terra não “vira” na passagem do ano, o planeta continua a girar no mesmo sentido que sempre girou.

Eu sei que a ralé da humanidade poderá encontrar nas entranhas da língua portuguesa, usando a sua "obra prima" o "desconstrucionismo", algo que possa fazer o uso da palavra "virada" ter algo a ver com "passagem do ano".... mas será apenas mais uma das milhares de trapaças que já praticaram nos últimos séculos.


PS. Pelo jeito a ralé gosta dessa palavra pois a adotaram também para a "virada cultura", outro evento criado por eles que de cultural não tem absolutamente nada.

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